sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

21 anos de ocupação. 16 anos de “SQUATT 13 DE JANEIRO”

 São dezesseis anos consecutivos de invasão, ocupação e fundação do Centro de Cultura Anarquista Squatt 13 de janeiro.


 A primeira fase de invasão teve início em 2003 juntamente com indivíduos ligados a “Regional Ativista de Curitiba” e do coletivo “Esforços da Mudança”(veganStraightEdgePunk) na época ligado a “Casa da ponte”. 

 Indivíduos desses dois coletivos participaram do primeiro fórum social mundial em Porto Alegre e estiveram presentes na fundação do movimento passe livre, no mesmo ano.

 A fundação do centro de cultura se deu no sábado, 13 de janeiro de 2007. Participaram desse momento três garotas e dois garotos. A partir desse ato foi experienciado inúmeras formas de se organizar independentemente e permitindo ampla liberdade coletiva e individual dos participantes. A ocupação gerou nascimento do GEAC ( grupo de estudos anarquista de Curitiba), ELA( estudos pela libertação animal),  CLATH(coletivo libertação animal da terra e humana), GERAE (grupo de experimento rural e agroecológico), NAC (núcleo anarquista de Curitiba), FAAF( frente de ação anarcafeminista) e Biblioteca Maria Lacerda de Moura. Essa última ainda presente. Abrigou CMI-Curitiba bem como foi sede do MPL-Curitiba.

 A partir de 2007 até meados de 2018 o porão abrigou ensaios de bandas e teatros, cinema, encontros e debates. Foi palco de shows locais, nacionais e internacionais. O espaço foi gerido coletivamente por distintos grupos e indivíduos em diferentes épocas. 

 A casa foi invadida e ocupada numa época que o bairro em Curitiba estava abandonado e sem vida. Hoje em dia exatamente na quadra onde está a J13, é o local com mais intensa movimentação de bares e casas noturnas. São recorrentes as ameaças pela especulação imobiliária devido ao fato da revitalização que sofre o bairro e valorização do metro quadrado da região. Mesmo assim resistimos ilegalmente com nosso acervo anarquista e mantemos os mesmos princípios Anarco Punk Vegan Straight Edge. 

“ Só caminha para a emancipação quem se coloca fora da lei, fora dos prejuízos, dos dogmas, dos preconceitos religiosos e sociais- para se conhecer-se, para realizar-se”

 -Maria Lacerda de Moura


sexta-feira, 8 de maio de 2015

I Fórum Geral Anarquista no Rio de Janeiro

Acontecerá o I Fórum Geral Anarquista no Brasil na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 04 e 07 de junho de 2015.
 
A Iniciativa foi apresentada pela Liga Anarquista no Rio de Janeiro em evento anterior e contou com apoio do Instituto de Estudos Libertários (grupo dedicado ao fomento e divulgação do anarquismo nas suas diversas correntes) e Núcleo Pró-Federação Libertária de Educação (organização de libertárixs centrada nas experiências pedagógicas e práticas sociais) que atuam no Rio de Janeiro também, e foi aprovada por consenso entre os grupos presentes, além de apoiada pela Internacional de Federações Anarquistas – IFA, Federação Libertária Argentina -FLA, Federação Anarquista Francófona – FA, Federação Anarquista Alemã- FdA, Federação Anarquista do México, Federação Anarquista Local de Valdivia (Chile) – FALV, Grupo de Estudos Gomes Rojas (Chile) e todas as pessoas presentes na roda.

Ouvimos bastante sobre a organização federalista anarquista das federações e coletivos citados acima, o que nos motivou a iniciar conversas na direção do reconhecimento do movimento anarquista no país e de estudar possibilidades para sua construção.

Diante da conjuntura entre 2013 e 2015, destacamos os seguintes pontos: os levantes populares, ocupações, greves, assembleias populares horizontais, anticopa, manifestações pelo passe livre e tarifa zero em parte considerável do Brasil, eleições gerais 2014, crescimento da inflação, redução de direitos dos trabalhadores, demissões nas indústrias e serviços (atacando diretamente os terceirizados que são a parcela mais precarizada dos trabalhadores) aumento de taxas de energia e água, aumento nas tarifas de ônibus, manifestações de direita e esquerda, movimentações, projetos e discursos fascistas nas ruas, nas câmaras, congresso nacional, práticas fascistas pelo judiciário e executivo, visibilização de grupos paramilitares religiosos como de igrejas pentecostais, atuação militar oficial em chacinas nas periferias e favelas do país adentro. A LIGA convida @s companhei@s para expor suas analises, refletir sobre esta conjuntura, conversar sobre saídas propositivas para as trabalhadoras/trabalhadores e precarizadas/precarizados.

Este Fórum se propõe promover e reiniciar as conversações sobre Federalismo Anarquista no Brasil. Diante disso, a participação e apresentação do anarquismo nas cinco regiões do país darão uma imagem mais diversificada e menos imprecisa de como o anarquismo se encontra atualmente, de como podemos caminhar para atuar pontualmente ou coletivamente.
Acreditamos que a organização federalista anarquista pode contribuir potencializando os trabalhos de todos coletivos e indivíduos sejam na direção de quaisquer ações: assembleias populares horizontais, movimentos populares, movimentos sociais, movimentos sindicais, divulgação e propaganda das ideias e práticas ácratas, cooperativas autogestionárias de serviços e ou produtos, realização de artes, etc.

Consideramos outras formas de organizações anarquistas e suas atuações, respeitamos suas trajetórias e seguiremos na construção da nossa maneira de ver e viver o mundo anarquicamente, estabelecendo o diálogo quando desejável, possível e necessário. Todas as formas de organização anarquista serão bem vindas ao Fórum Geral Anarquista.

Todas aquelas e aqueles que se encontrem de acordo com estas proposições, sentimentos e objetivos são convidad@s. Cada indivíduo e coletivo virá por sua conta própria e nós ofereceremos apenas o alojamento para aqueles que realmente necessitem, ofereceremos uma lista de locais para nos alimentarmos o mais barato possível e com uma qualidade satisfatória.

Atenciosa e fraternalmente, Liga Anarquista no Rio de Janeiro.
 Rio de Janeiro – RJ, 03 de Maio de 2015.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

[GERAE] Oficina Agroecológica na OCEL - fotos

O GERAE - grupo experimento rural agroecológico frente ligada do núcleo anarquista de curitiba - juntamente com OCEL - ocupação cultural espaço da liberdade - realizaram a oficina de agroecologia e hortas urbanas durante os dias 22/3, 29/3, 5/4 e 12/4. 

A formação teve como principal foco dar o ponta pé inicial para estruturação de um novo grupo para tocar a horta da recente ocupação que acontece neste prédio bem no centro da especulação imobiliária da cidade modelo. Também foi aproveitado a reunião de tantas pessoas interessadas no tema para unir as várias frentes já em andamento no entorno de curitiba, paraná e brasil que desenvolvem práticas de agroecologia, agroflorestas e lutam diariamente contra a intromissão das empresas de sementes transgênicas e seus agrotóxicos venenosos. Uma grande rede se formou. Muitas trocas, informações e apresentações inusitadas aconteceram como por exemplo representantes de camponeses produtores agroecológicos da região metropolitana de curitiba, representantes da comunidade dos povos nativos das araucárias e muitos acadêmicos internacionais que fazem intercâmbio na cidade.

As sementes crioulas doadas pelo ciclovida de Inácio e Ivânia para o GERAE, foram colocadas na terra devidamente compostada e os brotos tem eclodido desta terra ocupada e promete frutos muito em breve.

Para quem busca mais informações sobre a continuidade da horta, mutirões datas e horários na OCEL, escreva para: emerson.oen@gmail.com.

Fotos por xMx e Lg.




































terça-feira, 17 de março de 2015

Dia 12/4 Oficina Agroecologia na OCEL

O GERAE - grupo experimento rural agroecológico ligado ao núcleo anarquista de curitiba - juntamente com OCEL - ocupação cultural espaço da liberdade - convidam à todas pessoas interessadas em trocar experiências, sementes crioulas e técnicas de cultivo livre nos dias 22/3, 29/3, 5/4 e 12/4 durante a oficina de agroecologia.
O endereço é R. SÃO FRANCISCO - CENTRO -Curitiba -Pr.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Nota de pesar a Santigo Andrade











Lamentamos muito pela morte de Santiago Andrade e por todas as outras vítimas do Estado totalitário mercantil.

Santiago era CÂMERA e não "cinegrafista" como romantiza agora a grande mídia. Ele sempre foi aquele operário invisível que produzia calado e que muitos sequer sabiam que existia. Santiago era a base de uma pirâmide hierárquica cujo topo concentra os beneficiários dos grandes blocos de comunicação do Brasil.

A meio caminho do topo desta pirâmide, um exército de repórteres precariamente remunerados precisa falar, escrever, reportar e pesquisar de forma a atender os anseios dos donos da comunicação. Para subir um degrau nesta pirâmide é preciso cuidado na fala. Trata-se de uma censura tácita que abala a credibilidade da imprensa, onde já não é mais possível distinguir a notícia real da propaganda estatal e mega-corporativa. Enfim, o corpo inerte de Santiago será usado para beneficiar exatamente os mesmos de sempre - os concentradores de informação, de renda e de poder - e a culpa será do povo, de novo...

Diante ao terrorismo do Estado Totalitário brasileiro pela falaciosa “ordem”, onde mega-corporações ditam a democracia, nós, trabalhadores servis, desempregados e solidários à classe explorada, que geramos riquezas para o país sem receber minimamente o que nos é direito, para além de falsas promessas dos burocratas do poder, não ganhamos mais que violência física e moral, cotidianamente, e vítimas brutais, como Santiago Andrade!

Assim, entendemos que o principal responsável por este acidente é o próprio Estado que nos força a deixar nossas casas e exigir nossos direitos nas ruas, e nelas enfrentar a truculência deste Estado personalizado na força policial, na qual não deveriam jamais usar armas contra a população e assim a população não precisaria reagir contra ela.

Não suportaremos mais viver nessa “terra-de-alguém”. Onde alguém rico, por de trás de instituições, gestione contra a população. Concentração de renda, carestia, precariedade nos serviços públicos, gás lacrimogênio, balas de borracha, espancamentos, prisões arbitrárias, júris comprados, mídia tendenciosa e ainda a inversão do mérito, como se nós fôssemos os assassinos premeditados.

De um lado temos populares com materiais artesanais, com pouca ou nenhuma técnica e aprimoramento, e de outro lado, velhacos oficialmente armados com material bélico, cientes do efeito das suas armas sobre a população marginalizada.

Deixemos bem claro a quem deseja nos criminalizar: a rua não se calará!

* Em solidariedade *

- Amarildo Dias de Souza – Desaparecido entre os dias 13 e 14 de julho de 2013, após a operação batizada de Paz Armada que mobilizou 300 policiais na Rocinha, RJ. http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Amarildo


- Giuliana Vallone, de 18 anos espancada por policiais e logo após atropelada por uma motocicleta da polícia em 25/01/14, após a manifestação realizada na região central de São Paulo http://videos.r7.com/jovem-e-atropelada-e-agredida-por-policiais-em- sp/idmedia/52e8c7ea0cf2401273d29912.html



- Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, a ser ferido por dois disparos feitos por policiais militares, durante o protesto contra a Copa do Mundo que aconteceu no sábado 25/02/14. Ele foi internado em coma induzido.

http://noticias.r7.com/sao-paulo/versao-da-policia-esta-estranha-diz-advogado-sobre-caso-de-manifestante-baleado-em-sp-27012014

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MPL- Curitiba, autônomo e independente

MPL- Núcleo Biblioteca Publica de Curitiba

CMI - Centro de Mídia Independente Curitiba

NAC - Núcleo Anarquista de Curitiba

Ocupação 13 de Janeiro

Associação de bairro Jardim Itaqui

FAAF - Frente de Ação Anarca Feminista

GERAE – Grupo de experiência rural agroecológica

Biblioteca Maria Lacerda de Moura




sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Doação de semetentes agroecológicas para o GERAE

Hoje, 3 de janeiro, o GERAE recebeu doação de sementes agroecologicas produzidas pelas cooperativas da agroindústria do MST do RGS. Essas sementes ambientadas para o sul do país são fruto de décadas de seleção e pesquisa. O resultado são plantas crioulas melhoradas genéticamente pelo método da observação como ensinado pelas culturas ancestrais. Plantas fortes, resistentes com alto teor e concentração vitamínicas.